Por Dr. Cid Carvalhaes*
Peripécias da vida, peripécias dos fatos, das controvérsias, das convergências, das diferenças. Nos perdemos em atos, acontecimentos, consistências fragilizadas. Fortalece-se o fraco enfraquecendo os fortes. Contrastes, nem sempre, vicissitudes da vida, aguerrida, sofrida, espremida, exultante, exuberante, incógnita, surpreendente.
Tentar entender o ser humano em seu complexo psico-emocional é tarefa verdadeiramente desafiadora. Tem-se intenção funesta, gera reação exultante, tem-se intenção grandiosa, gera resposta apequenada.
Medir intenções ou, até mesmo equacioná-las remete os seus desafiantes a severas especulações nebulosas. Pode ser tudo ou nada, do nascente ao poente, desde a grandeza do novo dia, até o seu final melancólico decorrente das incompreensões diuturnas. Sem farturas, com mesuras, com costuras, sem agruras.
Deve-se invocar ternuras. Afago, carinho, respeito, admiração, bem querer, acolher, compreender, satisfazer, empreender, proteger são algumas molas de sustentação do amor, resultante final de tudo isto.
O amor constrói, edifica, solidifica, compreende, é benevolente, sabe perdoar. Quais são as dimensões do amor. São incomensuráveis. Sentimento controverso, inexplicável. Constrói-se e destrói-se em nome do amor.
Geram-se filhos e se matam em nome do amor. Convergem e disputam, ainda em seu nome. Não sei defini-lo. Entende-lo como nobre sentimento do acolher, afagar, entender, perdoar. São essências do Cristianismo. Sejamos Cristãos para bem acolher as peripécias da vida.
“Não é difícil entender o ser humano, é impossível”. (autor desconhecido)
*Dr. Cid Célio Jayme Carvalhaes – Médico neurocirurgião, advogado e escritor. Foi Presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, Presidente do Conselho Deliberativo da SBN, Presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo e Presidente da Federação Nacional dos Médicos. Especialista no Direito Médico e da Saúde e Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Direito da Escola Paulista de Direito. É Colunista do Agenda Capital.
