Por Dr. Cid Carvalhaes *
Do domingo de Ramos, significando a entrada triunfal de Cristo em Jerusalém, saudado pelo povo com ramos de oliveira, até a celebração da sua ressurreição temos a Semana Santa.
Personifica, em rememorações, renovações, homenagens, reflexões, posicionamentos diversos, diferentes rituais, porém, objetivo comum, celebração da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, simbologia das mais relevantes no mundo transcendental.
Independente de crenças, há direcionamento comum em análises retrospectivas comportamentais e prospectivas para pretensões futuras. Importante período para avaliações, autocríticas e até mesmo autopunição e auto premiações por nossos diversos compromissos e atitudes, ora positivas, ora negativas.
Permita-me invocar o espírito da compreensão. Não nos é dado o direito das discriminações. Espaços como os da Semana Santa, insisto, independente de crenças, nos remetem ao profundo respeito aos nossos semelhantes, à prática percecutoria da equidade entre pessoas, combates ferrenhos a toda e qualquer discriminação, religiosa, de gênero, de cor da pele, preferência política, esportiva, sexual, profissional entre muitas.
É hediondo o feminicídio, violência contra a mulher, racismo indiscriminado, agressões á população indígena, a comunidade LGBTQIA+, desrespeito ao meio ambiente, degradação da natureza, exploração imobiliária desmesurada, perseguição inescrupulosa de lucros fáceis.
Estamos na Semana Santa. Vamos refletir e assumir posturas ditas politicamente corretas combatendo as enormes diferenças sociais, permitindo, assim, determinar que um novo mundo é possível.
*Dr. Cid Célio Jayme Carvalhaes – Médico neurocirurgião e advogado. Foi Presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, Presidente do Conselho Deliberativo da SBN, Presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo e Presidente da Federação Nacional dos Médicos. Especialista no Direito Médico e da Saúde e Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Direito da Escola Paulista de Direito. É Colunista do Agenda Capital.
