Floresta Nacional de Brasília. Foto: reprodução

A seca, característica desta época do ano, pode afetar a saúde, com efeitos como irritação dos olhos, garganta seca, falta de ar e cansaço

Por Redação

A seca mal começou, mas, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), deve causar estragos. Nos próximos dias, a umidade relativa do ar deve variar entre 30% e 65%, podendo ser menor. Quando esse índice fica abaixo dos 30%, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) recomenda um alerta para a população, pois a seca pode afetar a saúde, com efeitos como irritação dos olhos, garganta seca, falta de ar e cansaço. O meteorologista do Inmet Luiz Cavalcante afirma que a situação do Distrito Federal deve ficar ainda mais complicada, já que as chuvas neste ano devem ser abaixo da média no inverno.

A previsão climática para a semana é de tempo estável, em torno de 13ºC e 27ºC, com sol predominante — o que poderá aumentar a sensação térmica e, consequentemente, a baixa umidade. O tempo seco pegou de surpresa a profissional em turismo Maria Alejandra Gozalo, 35 anos. Apesar de sentir o cansaço bater mais forte, ela não costuma sofrer com o nariz ou a pele seca, por exemplo. Porém, em uma de suas idas semanais ao Parque da Cidade, enquanto corria, Maria Alejandra teve que diminuir o trajeto devido a uma forte dor de cabeça. “Eu pretendia correr 14km, mas quando senti o incômodo aparecendo, tive que mudar para a pista de 8km”, conta. A dor e a garganta seca são sinais da baixa umidade alertando a atleta de que precisa se hidratar corretamente.

Para fugir do calor, a engenheira de alimentos Patrícia Machado, 54, opta pelas caminhadas em horários mais frescos, como pela manhã ou à noite. “Nunca meio-dia, porque sei que acaba desidratando muito mais, além de cansar mais rápido”, afirma. No Parque da Cidade, também é possível esbarrar com grupos que praticam exercícios juntos, como é o caso da turma de Juliano Zuconelli, 25. Os cinco amigos se encontram todo final de semana para competir entre si. A força de vontade para correr é grande, porém, muitas vezes, o corpo pede para o contador parar, descansar e beber água. “Na seca isso é muito comum para mim. Se eu não parar um pouco, não aguento continuar”, diz.

O alongamento também é essencial para preparar o corpo para o esforço físico. Marcelo Maia, médico intensivista da equipe IntensiCare do Hospital de Santa Maria, relata que o número de pacientes com doenças respiratórias em decorrência da seca aumenta em 30% nesta época do ano. “Ingerir muita água é o melhor remédio nestes períodos. A sensação de boca seca pode significar desidratação, então é importante ficar atento”, alerta. O soro também é válido para ser utilizado nas vias respiratórias, uma vez que hidrata e facilita a filtração do ar.

Cuidados

Raphael Ribeiro, 27, é companheiro de corrida de Juliano e sabe que a umidade está baixa quando sua garganta já amanhece seca. O sintoma tem sido cada vez mais comum nos últimos dias e, para driblar o problema, toda noite o analista prepara o umidificador de ar para acordar bem. O aparelho é responsável pelo reequilíbrio da umidade do ar para que o organismo não sofra com as consequências da época do ano.

Desde o início do mês passado, Lucila Saraiva, 31, tem sentido na pele os efeitos do clima seco — cabelo mais opaco, mãos e garganta secas e nariz sensível. A rotina da advogada é puxada, com corrida, natação e musculação. Para se manter bem no período de baixa umidade, quando acorda, ela toma dois copos de água em jejum, além de, durante os exercícios, carregar a garrafinha ao seu lado. A água de coco também é uma opção para Lucila, assim como o soro fisiológico, que está sempre na bolsa. “Como tenho rinite, nessa época, todos os sintomas se agravam. Tenho que cuidar direitinho para não acontecer nada mais grave”, conta.

Assim como Raphael, devido ao quadro clínico, toda noite Lucila usa o climatizador de ambiente. A função do aparelho se divide em três — ventilar, climatizar e umidificar o espaço —, e possibilita uma noite de sono mais tranquila e sem interrupções devido a problemas respiratórios. No caso de Lucila, Maia aconselha o acompanhamento de um especialista, além de evitar ambientes com acúmulo de poeira e outras substâncias alergênicas.

A procura por soro fisiológico, nebulizadores e umidificadores de ar crescem consideravelmente quando a seca chega. A farmacêutica Poliana de Fátima conta que o aumento chega a 70% e pode ocasionar até mesmo falta dos produtos nas farmácias. Desde meados de junho, os sprays nasais têm sido os favoritos da população para aliviar os sintomas da época.

Umidificadores limpos

Para preservar a qualidade do produto e ter o melhor resultado, a vendedora do Mundo dos Filtros Elizângela Nascimento ressalta a importância de manter os umidificadores limpos. “Se não higienizar direitinho, acumula sujeira e acarreta na diminuição da eficácia, ou até mesmo pode entupir o aparelho.” Por isso, a dica é optar pela limpeza quinzenal.

Da Redação com informações do Correio

Delmo Menezes
Gestor público, jornalista, secretário executivo, teólogo e especialista em relações institucionais. Observador atento da política local e nacional, com experiência e participação política.

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