Por Redação
Com a cabeça a prêmio, o chanceler Ernesto Araújo pagou para ver e partiu para o ataque contra o Senado. No Twitter, o ministro afirmou que a senadora Kátia Abreu (PP-TO) o visitou do Itamaraty e disse que ele seria “o rei do Senado” se fizesse um “gesto em relação do 5G”. O gesto, segundo Araújo, seria adotar uma posição favorável à China, país com o qual o chanceler acumula atritos.
“Kátia Abreu disse aos senadores que Araújo mentiu ao sugerir que ela o pressionou a fazer um ‘gesto em relação ao 5G’. A senadora quer que a Casa tome uma ‘medida séria’ contra o chanceler. A senadora disse ainda que há uma ação orquestrada nas redes bolsonaristas para espalhar que Arthur Lira e os senadores foram comprados pela chinesa Huawei. ‘Vagabundo’, ‘psicopata’ e ‘mentiroso’ foram alguns dos adjetivos dirigidos ontem ao chanceler.”
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), respondeu duro. “A tentativa do ministro de desqualificar a competente senadora Kátia Abreu atinge todo o Senado Federal. E justamente em um momento que estamos buscando unir, somar, pacificar as relações entre os Poderes”, afirmou. “Essa constante desagregação é um grande desserviço ao País.” (Twitter).
“Em mais uma pressão pela substituição do chanceler Ernesto Araújo, a oposição ao governo apresentou, nesta sexta, um projeto de resolução do Senado para sustar todas as sabatinas com chefes de missões diplomáticas. Senadores são responsáveis por aprovar a nomeação de embaixadores feitas pelo presidente da República. Com a proposta, elas ficariam suspensas enquanto o atual ministro das Relações Exteriores estiver no cargo.”
“Interlocutores de Jair Bolsonaro avaliam que Ernesto Araújo tenta se vitimizar e encontrar uma saída honrosa perante a ala ideológica da base do governo ao tentar associar a pressão por sua demissão a um lobby em relação ao 5G. Aliados do governo viram no gesto um movimento desesperado do chanceler.”
Com Agências G1/UOL