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Para especialistas, tema de redação do Enem 2019 surpreendeu

Por Redação

O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 é “Democratização do acesso ao cinema no Brasil” e foi divulgado pelo Inep neste domingo (3), no início do primeiro dia de provas. Os candidatos devem elaborar um texto dissertativo de até 30 linhas sobre o assunto.

“Surpreendeu. Nós apostávamos que o tema até poderia falar de democratização do acesso à cultura e não especificamente sobre o cinema”, afirma Maria Aparecida Custódio, professora do laboratório de redação do Objetivo.

Para o professor do Curso Anglo, Sérgio Paganim, não dá para sugerir a abordagem ideal sem ter acesso aos textos de apoio da prova. No entanto, a palavra-chave seria “democratização do acesso”. O material de apoio à redação para guiar a argumentação ainda não foi divulgado porque os alunos estão fazendo a prova.

Segundo o professor do colégio Oficina do Estudante, esse é um tema acessível e que qualquer candidato poderia relacionar com o seu dia a dia. “O acesso ao cinema no Brasil pode ser uma questão mais concreta, como abordar a forma que a população pode ter acesso a produções cinematográficas em geral”.

O exame começou às 13h30. O UOL irá fazer a correção online do exame e o gabarito extraoficial em parceria com o Objetivo

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, também divulgou o tema da redação em suas redes sociais e disse que, até o momento, a edição deste ano do Enem ocorre com “tudo 100%”. “Com tudo caminhando para ser o melhor Enem dos últimos tempos.”

Direto de Palmas, no Tocantins, divulgo o TEMA DA REDAÇÃO: Democratização do acesso ao cinema no Brasil pic.twitter.com/Kb7Vi9eS3i

— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) November 3, 2019

Controle de dados foi tema do ano passado

No ano passado, o tema da redação foi “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet”.

Esse foi o tema da Redação do Enem 2018! pic.twitter.com/d7irA9q2ie

— Inep (@inep_oficial) November 4, 2018

Em 2018, mulheres foram maioria entre os 55 participantes que receberam nota mil na prova de redação.

Enquanto homens foram autores de 13 textos que conquistaram a nota máxima, as mulheres escreveram 42 redações nota mil —o que representa 76% dos casos.

Questões da prova já foram alvo de polêmicas. No ano passado, já eleito, Jair Bolsonaro criticou uma pergunta que tratava do “dialeto secreto” utilizado por gays e travestis e disse que sua gestão no Ministério da Educação “não tratará de assuntos dessa forma”.

A questão à qual Bolsonaro se refere está no caderno de linguagens. Nela, o teste mostrou um texto sobre “pajubá, o dialeto secreto dos gays e travestis” e questionava o candidato quanto aos motivos que faziam a linguagem se caracterizar como “elemento de patrimônio linguístico”.

“Uma questão de prova que entra na dialética, na linguagem secreta de travesti, não tem nada a ver, não mede conhecimento nenhum. A não ser obrigar para que no futuro a garotada se interesse mais por esse assunto. Temos que fazer com que o Enem cobre conhecimentos úteis”, disse.

Da Redação com informações do UOL

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