Foto: Carolyn Kaster/AP

A proibição vai alcançar a maioria dos cidadãos não-americanos que buscam entrar no país e que tiverem passado recentemente pela África do Sul, Brasil, Irlanda, Reino Unido ou por um dos países da União Europeia

Por Redação*

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, proibiu a entrada de viajantes vindos do Brasil, África do Sul e 28 países da Europa nesta segunda-feira, 25. A medida é uma tentativa de conter a pandemia da covid-19 nos EUA, principalmente a entrada de pessoas infectadas com novas variantes do vírus encontradas em alguns desses países.

Não é a primeira vez durante a pandemia que o governo americano veta a entrada de viajantes não-americanos vindos de outros países. As viagens aos EUA com partida de Brasil e Europa já haviam sido proibidas sob a gestão de Donald Trump. Antes de deixar a presidência, no entanto, Trump cancelou as restrições no dia 18 de janeiro.

A proibição vai alcançar a maioria dos cidadãos não-americanos que buscam entrar no país e que tiverem passado recentemente pela África do Sul, Brasil, Irlanda, Reino Unido ou por um dos países da União Europeia. A proibição, de acordo com uma fonte ouvida pela agência de notícias Reuters, entra em vigor a partir de sábado, 30.

“Estamos adicionando a África do Sul à lista restrita por causa da preocupante variante presente que já se espalhou para além do país”, disse a Anne Schuchat, vice-diretora do Controle e Prevenção de Doenças (CDC), em uma entrevista no domingo, 24.

Ela acrescentou que a agência está “colocando em prática este conjunto de medidas para proteger os americanos e também para reduzir o risco dessas variantes se espalharem e agravarem a pandemia atual”.

Biden, que assumiu o cargo na quarta-feira da semana passada, está adotando uma abordagem agressiva para combater a propagação do vírus depois que Trump rejeitou as ordens solicitadas pelas agências de saúde dos EUA.

As restrições impedem a maioria dos visitantes da Europa estão em vigor desde meados de março, quando Trump assinou proclamações que as impõem, enquanto a proibição de entrada do Brasil foi imposta em maio. A restrição, junto com as novas da África do Sul, significa que a maioria dos cidadãos não-americanos que estiveram em um desses países nos últimos 14 dias não estão qualificados para viajar para os Estados Unidos.

Residentes permanentes nos Estados Unidos e membros da família e alguns outros cidadãos não-americanos estão autorizados a retornar ao país sob a ordem.

Algumas autoridades de saúde estão preocupadas que as vacinas atuais possam não ser eficazes contra as variantes do vírus, especialmente a da África do Sul, o que também aumenta a perspectiva de reinfecção.

A variante sul-africana, também conhecida como variante 501Y.V2, é 50% mais infecciosa e foi detectada em pelo menos 20 países. Funcionários do CDC disseram à Reuters que estariam abertos para adicionar outros países à lista, se necessário.

A variante sul-africana ainda não foi encontrada nos Estados Unidos, mas pelo menos 20 estados norte-americanos detectaram uma variante do Reino Unido conhecida como B.1.1.7. As vacinas atuais parecem eficazes contra as mutações do Reino Unido.

A diretora do CDC, Rochelle Walensky, vai assinar um pedido separado na segunda-feira, 25, exigindo o uso obrigatório de máscaras em aviões, balsas, trens, metrôs, ônibus, táxis e veículos compartilhados para todos os viajantes com dois anos ou mais, disseram as autoridades. Os novos requisitos devem entrar em vigor nos próximos dias, disseram eles, e as máscaras podem ser removidas por breves períodos enquanto se come ou bebe.

Na terça-feira, 26, as novas regras do CDC entrarão em vigor exigindo que todos os viajantes internacionais de 2 anos ou mais apresentem um teste de coronavírus negativo feito dentro de três dias corridos da viagem ou prova de recuperação do covid-19 para entrar nos Estados Unidos. 

*Com informações da Reuters 

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