Ex-secretário de saúde do DF, Francisco Araújo. Foto: Reprodução.

Francisco Araújo pediu para não ser obrigado a comparecer ao colegiado. Ministra Cármen Lúcia questionou se há depoimento marcado; CPI agendou oitiva para dia 26 de agosto.

Por G1/DF

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu ao presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), que informe se há data marcada para o depoimento do ex-secretário de Saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo, ao colegiado. As informações foram solicitadas na quarta-feira (18) e devem ser entregues até 24 horas após a notificação.

O pedido da ministra foi feito em habeas corpus apresentado pelo ex-secretário, para que não seja obrigado a comparecer à CPI, para falar sobre supostas irregularidades no uso de recursos públicos no combate à pandemia (entenda abaixo).

Convocação e habeas corpus

Francisco Araújo já é réu na Justiça Federal, no âmbito da operação Falso Negativo, que investiga a compra superfaturada de testes rápidos para Covid-19 na capital.

A CPI da Covid afirma que determinou a convocação do ex-secretário para que ele possa se explicar sobre as denúncias, que envolvem verba federal. No requerimento, aprovado pelo colegiado, os senadores dizem que o “depoimento do ex-secretário de saúde permitirá a elucidação de diversos aspectos relacionados ao objeto de investigação da comissão”.

No entanto, segundo os advogados do ex-secretário, a participação na CPI pode prejudicar o direito de defesa dele. No pedido apresentado ao STF, Francisco Araújo solicita:

  • que a Corte o autorize a não comparecer à CPI, ou que seja garantido a ele o direito de não ser obrigado a assinar um termo de compromisso de dizer a verdade;
  • que ele seja autorizado a permanecer em silêncio;
  • o direito de não se auto incriminar;
  • a garantia de não ser preso por desobediência ou falso testemunho.

Quando a defesa apresentou o habeas corpus, o depoimento do secretário estava marcado para 17 de agosto, mas foi adiado. Na decisão, a ministra cita esse fato e, por isso, questiona se já há nova data definida para a oitiva.

O ex-secretário chegou a ser preso preventivamente no ano passado, enquanto ocorriam as investigações do Ministério Público. Ele ficou quase três meses detido, com o restante da cúpula da Secretaria de Saúde da época. Quando o grupo foi solto, ele passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica.

No momento, Francisco Araújo enconytra-se em Manaus e responde em liberdade pelos crimes de organização criminosa, fraude em licitação, peculato, entre outros. A defesa nega as acusações.

Com informações do G1/DF

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