Marli Rodrigues. Foto: Adriano Paulino / Agenda Capital.

“Nós conseguimos derrotar o governo anterior, por ser um governo que assediava os servidores e os perseguia”. (Marli Rodrigues).

Por Adriano Paulino

A candidata a deputada federal, Marli Rodrigues (MDB), foi a entrevistada dessa semana pelo portal de notícias Agenda Capital. Nessa entrevista exclusiva, Marli fala dos feitos do governo Ibaneis que considera positivo, faz críticas ao governo anterior, das conquistas dos servidores da saúde, da pandemia e do Sistema Único de Saúde – SUS.

De acordo com a sindicalista, o número excessivo de candidatos da saúde, diminui as chances de eleger mais representantes na CLDF e na Câmara dos Deputados.

Leia a íntegra da entrevista:

AC – O que a motivou a ser candidata a deputada federal?

Marli – Disputar o legislativo pelo minha cidade Brasília, acaba sendo um caminho natural. Já era para eu ter saído há algum tempo, e eu sempre resisti. Chegou o momento que isso não foi mais possível. Agora se fez necessário para fortalecer os trabalhadores, a luta pelo SUS, fortalecer a luta pela dignidade do povo brasileiro. O nosso sistema público de saúde de norte a sul do país, está muito carente e é necessário fazer esta defesa. Caso seja eleita, pretendo defender isso na Câmara Federal.

ACEm todas as eleições, o número de candidatos da saúde no DF é bastante expressivo. Se houvesse menos candidatos pelo segmento a probabilidade de vitória seria maior?

Marli – Os servidores ainda não entenderam que precisamos lançar candidatos competitivos. Infelizmente esta maturidade política ainda não atingiu a boa parte dos servidores. Por outro lado, o número excessivo de candidatos, faz parte da democracia, porém é grande incerteza da vitória. A saúde necessita ser representada, entretanto com candidatos preparados. Lógico que o ideal seria fazermos um projeto de lançamento de candidaturas daqueles que estivessem mais bem qualificados. Aí sim poderíamos ter a chance de eleger uns 03 federais e talvez uns 03 distritais, temos público para isso. O correto seria fazermos uma prévia, um debate democrático, para escolhermos aqueles candidatos mais competitivos. Eu creio que poderíamos ter uma representatividade bem melhor.

ACApesar de estar licenciada, você é considerada uma sindicalista muito combativa no movimento sindical. Me conte um pouco sobre sua trajetória.

Marli – A minha trajetória sindical vem de muito jovem. Entrei na Secretaria de Saúde com 18 anos e fui diretamente a luta. O amadurecimento foi chegando, o tempo foi passando, e fomos saindo de delegado sindical para diretor de base, e aí a vida vai te empurrando para você ir intensificando as lutas, aumentando sua musculatura política, até assumir o SindSaúde. De lá pra cá pude ter um mandato junto com todos meus companheiros, que fizeram grandes transformações na vida das pessoas, como por exemplo a luta pela redução da jornada de trabalho, isso foi um feito pra nós. Se você olhar os servidores da saúde de outros estados, você vai observar que eles não têm a opção de carga de trabalho de 20hs. Aqui no DF nós temos esta opção, podendo aumentar a jornada para 40 hs semanais. A saúde precisa de salários justos e dedicação exclusiva.

AC – Você pode pontuar os principais ganhos para o servidor na gestão de Ibaneis Rocha?

Marli – O primeiro ganho foi a vitória de Ibaneis. Nós conseguimos derrotar o governo anterior, por ser um governo que assediava os servidores e os perseguia. Era um governo que não se manifestava a favor da população em momento nenhum. O primeiro ganho que tivemos com o governo Ibaneis além da derrota do seu antecessor, foi se comprometer a pagar o calote do governo Rollemberg, pagar a GATA, executar o plano de saúde dos servidores, e a modernizar as carreiras, além de pagar as pecúnias, as TPD’s (horas extras), e promover o respeito ao servidor público. Não contávamos com a pandemia que trouxe prejuízos irreparáveis para a saúde de nosso povo. Mesmo com a pandemia do novo coronavírus, o governo Ibaneis fez questão de honrar os compromissos com os servidores. Mostrou que é um homem de palavra. Então, pra nós o governo Ibaneis trouxe de volta essa interlocução com os servidores.

Marli Rodrigues (MDB), candidata a deputada federal. Foto: Adriano Paulino / Agenda Capital.

AC – O servidor da saúde do DF tem conseguido ganhos consideráveis em comparação aos outros estados. Mesmo assim vimos profissionais desmotivados. O que falta para os servidores trabalharem mais motivados?

Marli – A desmotivação dos servidores não somente da saúde, mas de várias categorias, se dá em função do sucateamento da máquina pública que vem de outros governos. Acredito que não somente na saúde, mas também na educação, segurança e outras áreas. Nós ainda sofremos as sequelas de um passado recente devido a pandemia do novo coronavírus que afetou muito os profissionais da saúde. O servidor precisa se reunir com o governador para apontar o caminho e reconstruir tudo que perdemos em função da pandemia que moveu nosso eixo. Talvez os servidores estejam passando por vários transtornos em razão dos governos anteriores e do que trouxe o novo coronavírus.

AC – Qual sua opinião sobre a aprovação da lei que estabelece o piso nacional da enfermagem?

Marli – O piso salarial dos profissionais da enfermagem, é uma luta antiga dessa categoria, e muito merecida. A enfermagem é aquela que nunca dorme, é aquela que está sempre ao lado do paciente. Piso salarial é uma conquista importante. Agora precisamos ficar atentos ao cumprimento dessa lei, não somente nas capitais, mas também no interior do Brasil. Não somente no serviço público, como também na rede privada. A categoria teve uma conquista muito importante na aprovação dessa lei. Na Câmara Federal pretendo acompanhar com “lupa” esta conquista.

AC – Como você avalia a gestão do governo Ibaneis Rocha?

Marli – Avalio a gestão do governo Ibaneis como desafiadora e positiva. Pegou a cidade como terra arrasada, nada funcionava, dívidas com os servidores públicos e com os prestadores de serviços, uma cidade que estava realmente no fundo do poço. O governador Ibaneis conseguiu fazer esta discussão, sem praticar assédio com os servidores, sem perseguir ninguém. Conseguiu pagar o que o governo anterior não o fez, e aproximar os servidores com o GDF. Eu avalio o governo Ibaneis como positivo, principalmente porque atravessou uma pandemia sem precedentes na história, e ainda assim conseguiu gerar empregos, aumentar a arrecadação e estar junto com o povo, além de proporcionar aos servidores sonhar com um futuro melhor. Pra mim o governo Ibaneis tem um saldo bastante positivo e por essa razão tenho certeza de que será reeleito e vai fazer muito mais pela nossa cidade.

AC – Qual a mensagem que a senhora deixa aos servidores da saúde e ao usuário do SUS?

Marli – Eu quero dizer aos servidores da saúde e ao usuário, que o SUS é uma conquista do povo brasileiro, mas o SUS precisa de reforço, precisa de defesa. O Sistema Único de Saúde necessita ter em suas fileiras, pessoas preparadas, que conheça a ponta, que conheça a necessidade do paciente e do servidor. E pra encerrar, eu quero dizer que a saúde precisa estar representada também na Câmara Federal, pra que essa defesa seja vista. Quero dizer ainda que categoria que não é empoderada, é categoria que não existe. É uma categoria que não prospera. Por isso, nós precisamos empoderar a saúde, para que ela prospere. A saúde é o sorriso da alma. Um grande sorriso pra todos!

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Da Redação do Agenda Capital

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