A taxa no país é de 12,7%, enquanto o Hran registra 1,014% das gestantes internadas

Por Redação*

O Hospital Regional da Asa Norte (Hran) é a unidade referência no atendimento para gestantes com quadro suspeito ou confirmado de Covid-19. Hoje, a taxa de óbito materno pela doença no Brasil varia entre 7,9% e 12,7%. No Hran, a taxa é de 1,014% das internadas e 0,23% se forem considerados todos os atendimentos de suspeitas e casos confirmados.

“Esse número tão baixo mostra o quanto nosso atendimento tem sido de excelência. Nos últimos meses têm chegado gestantes mais graves com Covid-19. A decisão para interrupção da gestação nas pacientes graves é um momento difícil, em que necessitamos ponderar o risco benefício para o binômio materno-fetal”, explica Marco Antônio Resende Sampaio, Referência Técnica Administrativa (RTA) de Ginecologia e Obstetrícia do Hran.

De 23 de março de 2020 até 31 de março de 2021, foram atendidas no Hran 3.863 gestantes com suspeita ou confirmadas com o coronavírus. Desse quantitativo, 887 foram internadas. A taxa de internação registrada foi de 22,96% (variando entre 22 a 25%). O total de óbitos maternos registrados foi de nove mulheres, sendo todas puérperas.

De acordo com artigo publicado pela Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, foram analisados dados da planilha do Sistema de Informações de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep Gripe), disponibilizado pelo Ministério da Saúde, 978 gestantes e puérperas foram diagnosticadas com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19 e dessas, 124 foram a óbito (taxa de letalidade de 12,7%).

De 29 de dezembro de 2019 e 31 de agosto de 2020 foram notificados 9.609 casos de SRAG em gestantes e puérperas, sendo 4.230 (44%) consideradas positivas para Covid-19. Dessas, 553 gestante e puérperas foram a óbito, sendo 354 (64%) vidas perdidas pela Covid-19.

Quando se compara a frequência de doentes por SRAG sem e com Covid-19, observa-se uma taxa de mortalidade por Covid-19 (8,4%) maior que a taxa por SRAG e por outras causas determinadas ou não (3,7%). Essa taxa pode ser ainda maior devido a fatores como subnotificação, dificuldades na realização dos exames laboratoriais e possíveis resultados falsos negativos.

Marco Antônio reitera que todo esse resultado no Hran deve-se ao atendimento de excelência prestado por toda equipe da unidade. “Com a intenção de melhorar ainda mais a assistência às gestantes e puérperas com Covid-19, a UGO do Hran fará várias apresentações, até o mês de julho, de casos clínicos de gestantes atendidas na nossa unidade. O objetivo é compartilhar experiências no manejo clínico com outras regiões do Brasil e agregar mais conhecimento na atenção às nossas gestantes com Covid-19. Ressaltando que essas discussões são com médicos de referência nacional e consultores do MS na área de obstetrícia”, explica.

*Fonte: SES/DF

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