Marcelo Queiroga diz que imunizante será disponibilizado nos próximos meses após negociação do presidente Bolsonaro com executivo da farmacêutica

Por Redação 

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quarta-feira (14) que o governo antecipará o recebimento de doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19 até o mês de junho, totalizando 15,5 milhões de doses do imunizante.

De acordo com Queiroga, o Brasil já havia pedido no mês passado a antecipação de doses da Pfizer, “fruto de uma ação direta do presidente Jair Bolsonaro”, comentou Queiroga. O país fez um acordo com a farmacêutica para a compra de 100 milhões de doses, mas grande parte só chegará no segundo semestre.

A vacina da Pfizer já está aprovada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas o país ainda não tem nenhuma dose. Em agosto de 2020, a empresa ofereceu 70 milhões de doses, mas na época o governo recusou. 

“Trago para o senhores uma boa notícia: a antecipação de doses da vacina da Pfizer, fruto de ação direta do presidente da República, Jair Bolsonaro, com o principal executivo da Pfizer, que resulta em 15,5 milhões da Pfizer já no mês de abril, maio  junho”, disse o ministro, em entrevista nesta quarta-feira (14), após a 2ª reunião do comitê para o enfrentamento da pandemia.

Anteriormente, o governo federal tinha estimado que receberia até 13,5 milhões de doses do imunizante da Pfizer até junho.

O ministro afirmou que também foram discutidas na reunião estratégias para ampliar a oferta de insumos que fazem parte do chamado kit de intubação para pacientes com o novo coronavírus.

“O governo federal, através de iniciativa conjunta com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), já fez uma compra direta e estimamos que nos próximos 10 dias tenhamos nosso estoque regulador fortalecido para acabar com essa luta do dia e dar suporte para as secretarias [estaduais e municipais]”, afirmou Queiroga.

Ele disse que o governo também fará um pregão internacional para comprar mais fármacos que fazem parte desse kit e ampliar seus estoques.

Outra questão que tem sido alvo de reclamações é o fornecimento de oxigênio para os hospitais. Nesse sentido, o ministro afirmou que serão recebidos 18 caminhões importados do Canadá que auxiliaram na distribuição do insumo para as unidades médias.

O ministro também destacou a escolha da enfermeira Franciele Fontana para a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 – ela atuou como coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) .

“Escolhemos uma funcionária de carreira para prestigiar a carreira pública, para fortalecer os quadros do ministério. Ela coordena o PNI e, ao trazer alguém que coordena o PNI, sinalizamos claramente que o objetivo principal é fortalecer nossa campanha de vacinação”, disse.

Resistência a projeto 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) afirmou na entrevista ao lado de Queiroga que o projeto de lei, já aprovado na Câmara, que permite a aquisição de vacinas pela iniciativa privada – desde que seja doada a mesma quantidade ao Sistema Único de Saúde (SUS) – está em discussão colégio de líderes da Casa.

“Reconheço muita resistência dos senadores em relação ao andamento do projeto, mas estamos trabalhando no diálogo para avaliar a oportunidade de pauta dele no Senado”, afirmou.

Da Redação do Agenda Capital 

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