Dr. Cid Carvalhaes. Médico e advogado.

Por Dr. Cid Carvalhaes*

Não raro, ouço coisas denominadas músicas e sou incapaz de reconhecê-las como tal. Fico a pensar, estou ultrapassado, distanciado da modernidade, preso a tradições. Ouço Vivaldi, Lizt, Bethoven, Mozart, Debussi, Carlos Gomes, Edith Piaf, Charles Aznavour, Chopin, Chico Buarque, Milton Nascimento, Elis Regina, Asthor Piazzolla e tantos outros e ainda, na minha doce ignorância, deleito-me com melodias e harmonias inesquecíveis.

Atingi plenitude do meu divórcio com tempos ditos modernos. Ouço, às vezes, alocuções expressadas ocasionalmente. Ouço, faz pouco, alguém se referir a um verdadeiro baluarte nacional distinguindo-o com adjetivação de ENERGÚMENO. Pensei bastante, de forma até exaustiva e me questionei, do alto do meu divórcio da modernidade se, em verdade, terei eu, pobre mortal, capacidade para entender o significado do termo, destinado a figura proeminente na vida nacional, verdadeiro patrimônio da cultura e da educação, também de reconhecimento internacional.

Fui a edições de diversos dicionários e enciclopédias e, apesar do meu conservadorismo cultural entendi que estava certo. Energúmeno, em linguagem coloquial, nada mais é do que conceito de verdadeiro imbecil, para economizar conceitos. Voltei a refletir. Ouvimos tantas asneiras de verdadeiros imbecis, fator a nos estimular de concede-lhes o beneplácito da estupidez. São tão insuficientes, verdadeiros insignificantes, pois, transcendem requisitos para serem insignificantes. Não podem mais ficar. Essa estupidez é de tamanha relevância, incompreensível para os providos de mínima capacidade interpretativa que, apenas a plena indiferença seria suficiente para entendermos ENERGÚMENOS de tamanha grandeza.

Ainda penso, quem se posiciona agredindo verdadeiras autoridades da EDUCAÇÃO e CULTURA nada mais é, senão, a estupidez inserida em todos os seus poros. Que sejamos protegidos dos estúpidos e verdadeiros ENERGÚMENOS.

*Dr. Cid Célio Jayme Carvalhaes – Médico neurocirurgião e advogado. Foi Presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, Presidente do Conselho Deliberativo da SBN, Presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo e Presidente da Federação Nacional dos Médicos. Especialista no Direito Médico e da Saúde e Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Direito da Escola Paulista de Direito. É Colunista do Agenda Capital.

(As opiniões dos nossos colunistas não refletem necessariamente o pensamento editorial do portal de notícias Agenda Capital)

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