Procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Foto: reprodução

Equipe que cuida das ações da Lava-Jato é contra o governo ignorar a lista tríplice, enquanto vice da procuradora-geral é a favor

Por Redação

BRASÍLIA – Os movimentos de Raquel Dodge para ser reconduzida ao cargo de procuradora-geral da República sem passar pelo escrutínio da habitual lista tríplice dividiram sua equipe direta de procuradores, aqueles que foram escolhidos por ela para integrar seu gabinete. Dodge quer ser procuradora-geral por mais dois anos e passou a se movimentar no tabuleiro político para ser indicada pelo presidente Jair Bolsonaro. Na sexta-feira, disse estar à disposição.

O gesto provocou uma divisão dentro de casa. A equipe que atua na área criminal da PGR, formada por procuradores e procuradores regionais da República, se opõe a uma recondução ao cargo fora da lista, enquanto o vice-procurador-geral, o vice-procurador-eleitoral e outros subprocuradores-gerais defendem a postura de Dodge e apontam vícios na atual disputa pelo posto de chefe máximo do Ministério Público Federal (MPF).

O time que cuida dos assuntos criminais, incluídos os inquéritos da Lava-Jato em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ), é capitaneado pela procuradora regional Raquel Branquinho e pelo coordenador do grupo da Lava-Jato, o procurador regional José Alfredo de Paula. Os dois demonstram alinhamento à posição das forças-tarefas da Lava-Jato em Curitiba, no Rio e em São Paulo e das Operações Zelotes e Greenfield, em Brasília, que fizeram uma defesa enfática da lista tríplice. Prevalece entre os oito demais procuradores da força-tarefa a posição pró-lista tríplice.

Da Redação com informações do G1

Delmo Menezes
Gestor público, jornalista, secretário executivo, teólogo e especialista em relações institucionais. Observador atento da política local e nacional, com experiência e participação política.

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