Trump vem criticando a OMS desde 2020, quando atacou a agência por sua abordagem à pandemia do coronavírus e ameaçou reter o financiamento dos Estados Unidos.

Embora a ordem executiva reflita a postura isolacionista de Trump, sua efetivação ainda depende do próximo capítulo político do país e das possíveis reações do Congresso

Por Redação

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (20/01)/ um decreto iniciando o processo de retirada do país da Organização Mundial da Saúde (OMS). Esta é a segunda vez, em menos de cinco anos, que Trump toma essa medida polêmica, que preocupa cientistas e especialistas em saúde global.

A decisão, vista como um retrocesso para a saúde pública global, pode comprometer décadas de avanços no combate a doenças infecciosas, como AIDS, malária e tuberculose. Especialistas alertam que o desligamento dos EUA da OMS enfraquecerá as defesas globais contra novos surtos de doenças perigosas, potencialmente capazes de desencadear novas pandemias.

Críticas à OMS desde 2020

Trump vem criticando abertamente a OMS desde 2020, acusando a agência de falhas na condução da resposta à pandemia de COVID-19 e de ser complacente com a China. Durante o início da pandemia, ele ameaçou cortar o financiamento dos Estados Unidos à organização, mas a derrota eleitoral naquele ano impediu que a retirada fosse concretizada.

Consequências da saída

A decisão de Trump, caso seja levada adiante, trará implicações significativas. A saída da OMS significará que os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos perderão o acesso aos dados globais compartilhados pela organização. Um exemplo emblemático foi a sequência genética do novo coronavírus, que foi inicialmente divulgada pela China à OMS em 2020 e, posteriormente, compartilhada com outros países, permitindo uma resposta mais coordenada e eficiente.

A retirada dos EUA também representa uma perda para a OMS, já que o país é um dos maiores contribuintes financeiros da agência, desempenhando um papel importante em iniciativas globais de saúde. Para especialistas, a ausência americana na organização cria um vácuo que pode ser difícil de preencher, principalmente em um momento em que a cooperação internacional é fundamental para enfrentar crises sanitárias.

Embora a ordem executiva reflita a postura isolacionista de Trump, sua efetivação ainda depende do próximo capítulo político do país e das possíveis reações do Congresso e da comunidade internacional.

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Da Redação do Agenda Capital

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