O deputado Jorge Vianna (Podemos), lembrou que o pai, retirante nordestino, sustentou a família de quatro filhos com o trabalho no HRT. Autoridades e entidades de classe, marcaram presença no evento. Foto: Divulgação

O distrital Jorge Vianna defendeu quadros técnicos na gestão da Saúde no DF e lembrou a destinação de emendas parlamentares de sua autoria ao Hospital. Servidores cobram solução para déficit de profissionais

Por Redação

Por iniciativa do deputado Jorge Vianna (Podemos), foi realizada na manhã desta segunda-feira (21), no auditório do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), sessão solene em homenagem ao 48º aniversário do Hospital Regional de Taguatinga (HRT).

Jorge Vianna parabenizou trabalhadores do HRT lembrando também os profissionais de saúde vítimas da Covid-19. “Eu estou parlamentar, mas quero voltar um dia para estar ao lado de vocês trabalhando”, afirmou. O evento, que ocorreu no auditório do HRT, incluiu entrega de moções de louvor em homenagem aos profissionais da unidade. O distrital enalteceu a importância do HRT como o segundo maior hospital do Distrito Federal e sua importância na rede pública de saúde.

Servidor de carreira da Saúde, Jorge Vianna lembrou que o pai, retirante nordestino, sustentou a família de quatro filhos com o trabalho no HRT. “Eu cresci aqui”, relatou. Ele defendeu quadros técnicos na gestão da Saúde no DF e lembrou a destinação de emendas parlamentares de sua autoria ao Hospital. “O nosso mandato é voltado para os nossos direitos, direitos sociais e trabalhistas, e à dignidade”. O distrital criticou a ausência do secretário distrital de Saúde, Manoel Pafiadache.

O diretor do HRT, Anderson do Amaral Pereira, disse que leva em consideração todas as reclamações no aperfeiçoamento dos serviços: “Sem críticas e sem cobranças, a gente não cresce”. Ele contou que a unidade passou de três para sete consultórios, nos últimos anos, e que manteve as cirurgias eletivas e radioterapia durante a pandemia, atendendo as “altas demandas” de ortopedia e traumatologia. Segundo ele, por ser “o maior hospital público de Brasília”, o HRT atende pacientes de outros estados, como Goiás, Bahia, Ceará e Mato Grosso. “Nós nunca dizemos não”, ressaltou.

O Superintendente da Região de Saúde Sudoeste, Luciano Gomes Almeida, afirmou que está empenhado em implantar a sala de repouso, justificando que o projeto não pôde ser realizado anteriormente: “O deputado (Jorge Vianna) mandou o dinheiro e nós não conseguimos fazer naquele momento porque nós tínhamos um contrato vigente e infelizmente estava planilhado o recurso”. Segundo ele, o HRT recebeu cerca de 120 novos profissionais no ano passado e realizou 4 mil cirurgias. “Parabéns a todos vocês pela luta constante, pelo trabalho incessante do dia a dia em busca de salvar as vidas dos que nos procuram”, afirmou.

Newton Batista, diretor do Sindicato de Auxiliares e Técnicos em Enfermagem – Sindate-DF, marcou presença na homenagem ao HRT. Foto: Reprodução.

O diretor do Sindicato de Auxiliares e Técnicos em Enfermagem, Newton Batista, ressaltou que o HRT é uma referência na Saúde do DF. No entanto, ele defendeu a realização de concursos para reposição de pessoal. “A quantidade de profissionais continua a mesma, embora a população tenha crescido tanto”, afirmou. Ele também defendeu “uma solução para o problema do repouso” e a equiparação do auxílio alimentação com o da Polícia Civil. “Se nós estamos aqui na linha de frente, com a porta sempre aberta, gerências com número reduzido de profissionais, por que não termos direito aos mesmos benefícios?”, questionou.

Para a enfermeira supervisora do Centro Cirúrgico, Mônica dos Reis e Silva, o hospital “é a segunda casa” dos seus servidores. “Vocês já repararam que a gente passa mais tempo aqui do que em casa?”, refletiu.

Foto: Reprodução.

Déficit de servidores

Segundo a gerente de enfermagem, Alexandra Guedes, os profissionais “trabalham com um serviço imensurável”, atendendo todos os casos. “Faço questão de elogiar a equipe de enfermagem porque realmente eles são heróis por tudo que fazem”. No entanto, ela frisou que há “imenso déficit” de pessoal, que trabalha sob uma taxa de superlotação. “A gente está aqui para o que der e vier, e prestar uma assistência maravilhosa, adequada, dentro de todos os princípios do SUS para os nossos pacientes”.

O servidor Wellington Dantas criticou a demora na entrega de exames, a defasagem de profissionais, sugerindo aumento de carga horária, bem como a falta de perfuradores (furadeira para cirurgias ortopédicas). O presidente do HRT afirmou que estão sendo adotadas medidas para resolver os problemas, destacando o aumento de 14 para 27 o número de técnicos que trabalham à noite. Já Luciano Almeida explicou que a falta de perfuradores é um problema de toda a rede, devido às dificuldades de licitação. Ele contou, no entanto, que conseguiu o aluguel de três equipamentos, por meio de parceria com o Ministério Público, e a compra de outro via emenda parlamentar.

Foto: Reprodução.

HISTÓRIA – Inaugurado em 2 de março de 1974, o Hospital Regional de Taguatinga possuía 400 leitos e uma área total de 36 mil m². Os primeiros atendimentos foram realizados nas áreas de clínicas básicas: médica, pediátrica, cirúrgica, ginecológica e obstétrica, passando, depois, para berçário, centro cirúrgico, central de material esterilizado, dispensário (nome antigo do isolamento) e, por último, quase um mês depois da inauguração, começou o atendimento do pronto-socorro.

Depois do hospital de Base, o HRT é o maior hospital da rede pública do Distrito Federal. Somente o Pronto-socorro atende cerca de 600 pessoas por dia, sem contar os acolhimentos realizados no ambulatório e em outras áreas.

Da Redação do Agenda Capital e Assesoria

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