Com 195 mil votos, Josimar Maranhãozinho (PL) foi o deputado federal mais votado do Maranhão em 2018 - Reprodução/Facebook

Deputado federal Josimar Maranhãozinho (MA) é alvo da Polícia Federal pela terceira vez

Por Redação*

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (11) uma operação contra deputados federais do PL, atual partido do presidente Jair Bolsonaro. Entre os alvos está Josimar Maranhãozinho (MA), esse pela terceira vez.

A PF apura suspeitas envolvendo desvios de emendas de parlamentares. A investigação de agora teve origem em uma outra iniciada no Maranhão em 2020.

A operação cumpre mandados de busca a apreensão em endereços residenciais e em empresas, autorizados pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo, relator do caso.

Os outros parlamentares investigados são Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE). A PF chegou a pedir buscas nos gabinetes dos deputados na Câmara, mas o STF indeferiu. Nenhum deles ainda se manifestou sobre a operação desta sexta-feira.

Em uma outra investigação, chamada de Descalabro, a Polícia Federal concluiu em dezembro do ano passado que Josimar de Maranhãozinho (PL-MA) está por trás de um suposto esquema para desviar dinheiro de emendas parlamentares destinado a municípios do Maranhão.

Nesse caso, o deputado foi flagrado manuseando uma grande quantidade de maços de dinheiro em seu escritório político, em São Luís.

Ele foi filmado com autorização de Lewandowski, em uma ação controlada. Foi instalada uma câmera escondida no local e, na gravação, o parlamentar aparece guardando valores em caixas.

No relatório que foi entregue ao STF em dezembro, os investigadores atribuíram a Josimar os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Em 2018, quando foi eleito para uma cadeira na Câmara, Maranhãozinho declarou ser dono de patrimônio de R$ 14,5 milhões. Dez anos antes, ele havia declarado à Justiça Eleitoral R$ 464 mil em bens. O parlamentar é presidente estadual do PL.

De acordo com a apuração, prefeituras sob a influência política de Maranhãozinho beneficiadas com as verbas contratavam empresas ligadas ao deputado. Estima-se que a fraude pode ter gerado prejuízo de R$ 15 milhões aos cofres públicos. Parte dos valores eram destinados à área da saúde.

Deputados e senadores têm direito a uma cota anual no Orçamento da União. Em 2021, por exemplo, eles puderam indicar R$ 16,3 milhões para serem destinados a suas bases eleitorais.

Reportagem da Folha também mostrou uma outra situação suspeita envolvendo o dirigente do PL maranhense.

A PF apreendeu R$ 400 mil em poder do sócio de uma empresa, e investigadores suspeitam de conexão do caso com o parlamentar.

O portador dos valores, retidos em maio deste ano em São Luís, aparece ao lado de Maranhãozinho entre os alvos do inquérito que tramita no STF.

*Com informações da Folha

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