Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, vacina ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, contra Covid-19 — Foto: TV Globo/Reprodução

Ministro visitou Hospital Regional do Guará, no DF, nesta segunda-feira (5), onde vacinou autoridades contra Covid-19. Questionado sobre investigações de irregularidades em compras de vacinas, Queiroga disse que tolerância para ‘atos impróprios’ é zero.

Por Redação

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse, nesta segunda-feira (5), que o parecer pedido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para liberar o uso de máscaras em pessoas já vacinadas contra Covid-19 ainda está sendo estudado. Segundo o ministro, “não há pressa” e a medida será tomada com base na ciência.

“Primeiro é necessário fazer um estudo científico. Depois que vem o estudo, o parecer é emitido. Não há pressa para se fazer isso. Isso tem que ser feito com base na ciência, né, o que temos defendido de forma reiterada. O Departamento de Ciência e Tecnologia, da Secretária de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos tá trabalhando com essa solicitação que foi feita pelo presidente da República”, disse.

A declaração foi feita em visita ao Hospital Regional do Guará, no Distrito Federal, onde Queiroga vacinou autoridades, como o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes; o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), André Mendonça; e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Jorge Oliveira.

Queiroga foi questionado por jornalistas sobre investigações de supostas irregularidades na compra de vacinas contra Covid-19 pelo governo federal. Na semana passada, o ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério de Saúde, Roberto Dias, foi exonerado após ser citado por um vendedor de vacinas como responsável por pedir propina no contrato. Ele nega irregularidades.

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em visita ao Hospital Regional do Guará, no DF — Foto: TV Globo/Reprodução

Segundo o ministro, as investigações estão em andamento e a tolerância contra “atos impróprios” é zero. “A sindicância não é sobre o Roberto Dias. A sindicância é para apurar os fatos. E isso já tem a participação… Aliás, quem está à frente disso é a Controladoria-Geral da União, a própria Polícia Federal tá investigando”, disse.

“A tolerância com atos impróprios é zero. [Se] houve fatos que tenham indícios de problemas, não tenha dúvida, o ministro exonera. Que aqui não é in dubio pro reu, é in dubio pro sociedade, não é ministro André Mendonça? Essa é a orientação que eu recebi do presidente da República e cumpro, à risca”, continuou.

Nome para o PNI

Queiroga também disse que ainda está “estudando” nomes para comandar o Programa Nacional de Imunização (PNI). Na semana passada, a coordenadora do PNI, Francieli Fantinato, pediu demissão.

Ela é investigada pela CPI da Covid, porque teria sido responsável por uma nota técnica enviada aos estados na qual recomendou vacinação, com qualquer vacina disponível, de gestantes que tivessem recebido a primeira dose da AstraZeneca.

Vacinação de ministros

A visita desta segunda foi, pelo menos, a terceira realizada por Queiroga no Hospital Regional do Guará para vacinar autoridades. O ministro Tarcísio Gomes e o ministro do TCU Jorge Oliveira têm 46 anos, e foram incluídos na imunização por faixa etária na capital na semana passada.

Já o ministro da AGU, André Mendonça, tem 48 anos e estava apto para vacinação em Brasília desde o fim de junho. Em ocasiões anteriores, Queiroga vacinou as seguintes autoridades:

  • ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes;
  • ministro das Relações Exteriores, Carlos França;
  • presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
  • presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, nesta segunda-feira (5), que “não há problema de eficácia” nas vacinas contra Covid-19 entregues congeladas ao Distrito Federal. No sábado (3), a capital recebeu 40,1 mil doses do imunizante da farmacêutica Janssen, abaixo da temperatura ideal de armazenamento.

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, vacina ministro do TCU Jorge Oliveira contra Covid-19 — Foto: Walder Galvão/G1

De acordo com Queiroga, as vacinas vieram dos Estados Unidos da América (EUA) e precisam ficar em temperatura mais frias. “Segundo informações dos órgãos técnicos, quando a temperatura é abaixo [da ideal], não há problema de eficácia”, disse.

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O ministro falou sobre o assunto durante uma visita ao Hospital Regional do Guará, para vacinar autoridades. O secretário de Saúde do Distrito Federal, Osnei Okumoto, também estava presente e disse que, quando soube do problema, comunicou imediatamente o Programa Nacional de Imunização (PNI) e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

“A gente teve um parecer imediato dessas vacinas, as quais foram liberadas para uso. Não tivemos nenhum tipo de prejuízo”, afirmou.

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, vacina ministro da AGU, André Mendonça, contra Covid-19 — Foto: Walder Galvão/G1

No sábado, após a Secretaria de Saúde constatar o recebimento das vacinas congeladas, o Ministério da Saúde informou que as doses passaram por vistoria do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que aprovou o uso dos imunizantes.

Em nota, a pasta federal já havia informado que “a temperatura não influenciou a qualidade da vacina”. O ministério não divulgou o motivo dos imunizantes terem chegado congelados.

Com G1

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