Roberto Jefferson. Foto: Reprodução.

Jefferson pode ser acusado de crime contra a ordem democrática, segundo juristas

Por Redação

Ministros de Cortes superiores acreditam que a reação de Roberto Jefferson (PTB) ao mandado de prisão do Supremo Tribunal Federal vai gerar efeito rebote para as investidas do bolsonarismo contra o tribunal e contra o TSE. A avaliação é de que a ação do petebista deve manter a coesão dos tribunais sobre o assunto e tende a minimizar críticas feitas ao ministro Alexandre de Moraes, ao menos entre a parcela mais moderada da sociedade. Há nas Cortes quem acredite ainda que os disparos do ex-deputado contra agentes incumbidos de prendê-lo pode bloquear o eventual apoio político de integrantes das forças de segurança, como Polícia Federal e Polícia Militar, ao bolsonarismo.

Nem todos são otimistas. Há ao menos um integrante dos tribunais de Brasília que teme que a repercussão em torno do caso escale a ponto de grupos tentarem evitar a realização das eleições, sob argumento de que o País está em estado de exceção.

A liminar de Edson Fachin que rejeitou pedido da PGR para derrubar trechos da resolução que aumentou os poderes do TSE para remover fake news deve ser corroborada pela maioria do STF.

Jefferson pode ser acusado de crime contra a ordem democrática, segundo juristas. Se provocado, o Judiciário pode determinar a remoção dos vídeos que ele publicou neste domingo. Juízes ouvidos dizem que o conteúdo apresenta de maneira didática a forma de reagir à prisão e faz um chamado à desobediência, com discurso de ódio.

Enquanto Bolsonaro tentou se distanciar de Jefferson, a campanha de Lula rapidamente explorou o episódio, que acredita que é negativo para o presidente na atração de indecisos. Petistas passaram a dizer que o próprio Bolsonaro já disse que nunca seria preso.

Com Estadão

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